Autarquia quer população "ligada"

Combater a info-exclusão, é o que pretende o novo programa do município famalicense, ‘Ligar Famalicão’. A apresentação do programa aconteceu ontem, na Casa das Artes, em Famalicão e contou com a presença do presidente da Câmara de Famalicão, Armindo Costa, de Paula Dourado, representante da ADRAVE e de Augusto Lima, da CITEVE.

‘Ligar Famalicão’ é apoiado pelo Programa Nacional para a Sociedade de Informação e vai ser desenvolvido no terreno por uma parceria local, com vista à concretização de um plano de formação profissional no concelho, no âmbito da Rede Social de Vila Nova de Famalicão, que envolve o pelouro da Solidariedade da Câmara Municipal, o Instituto de Emprego e Formação Profissional e diversas entidades do concelho.

Tal como referiu Armindo Costa, “com o Programa ‘Ligar Famalicão’ esta Plataforma Inter-Institucional de Educação e Formação de Famalicão pretende, até 2010, executar um total de 732 acções de formação em Tecnologias de Informação e Comunicação, que envolverão um total de dez mil pessoas”. No entanto, a organização do programa tem um objectivo mais modesto para 2007. Quem o referiu foi Paula Dourado, que admitiu que o número esperado de formandos para este ano é de perto de mil, contabilizando um total de 91 acções de formação. No seu discurso de apresentação, o presidente da Câmara de Famalicão referiu que a info-exclusão “ é um dos grandes desafios que se colocam à humanidade neste início de século” e que este programa surgiu com vista a munir com as ferramentas necessárias para o mercado de trabalho a população famalicense. O projecto, integrado no programa nacional ‘Ligar Portugal’, é para Armindo Costa, uma oportunidade única que “o município de Famalicão resolveu agarrar, mobilizando pessoas e organizações locais para o crescimento, emprego, o uso generalizado das tecnologias e a valorização do conhecimento”.

O programa ‘Ligar Famalicão’ advém então da parceria realizada entre a ADRAVE, a CIOR, o CITEVE, a DIDÁXIS, a ENGENHO, a Fundação Castro Alves e a Universidade Lusíada de Famalicão. Estes parceiros vão assim realizar acções de formação baseadas nas Tecnologias de Informação e Comunicação, de uma forma itinerante, um pouco por todo o concelho.

Cada acção de Formação vai ter a duração de 40 horas, repartidas em formação teórica e formação prática, na medida em que vai estar disponível um computador para cada formando, privilegiando assim, o aprender fazendo. Cada acção de formação vai ser constituída por 10 sessões, com a duração de quatro horas cada dia, num total de 3 sessões por semana. As acções vão poder ser realizadas em horário laboral e pós-laboral. Estas acções de formação destinam-se a maiores de 16 anos, activos empregados ou desempregados ou ainda jovens à procura do primeiro emprego.

Fonte: Correio do Minho, 09-01-2007