Famalicão reconstrói complexo de banhos de um castro no Museu de Arqueologia
O presidente da Câmara, Armindo Costa, adiantou que a reconstrução usa os materiais e as tecnologias de fabrico do primeiro milénio antes de Cristo, o que obrigou ao transporte de cerca de 200 toneladas de granito. Armindo Costa e o director do Museu Nacional de Arqueologia, Luís Raposo, inauguraram no Museu Nacional de Arqueologia no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, a exposição sobre a arqueologia famalicense, intitulada "Pedra Formosa - Arqueologia Experimental". A mostra tem como comissário científico Armando Coelho, da Universidade do Porto.
Segundo o autarca, o monumento do Alto das Eiras foi identificado em 1880 por Martins Sarmento, tendo o Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão retomado as escavações, em 1990, sob direcção do arqueólogo Fernando Queiroga. Na altura, foi identificado como tendo uma composição arquitectónica, com átrio, antecâmara, câmara e fornalha, e elementos decorativos tal como outros monumentos congéneres. Das escavações saiu, também, uma pedra de grande riqueza ornamental, a Pedra Formosa.
Armindo Costa salientou que "durante o período de permanência da exposição será realizado um ciclo de acções de arqueologia experimental em torno de matérias-primas e processos de fabrico, como a ourivesaria, olaria, arquitectura e alimentação, visando a divulgação do património arqueológico".
Os banhos públicos - sublinhou - "sobressaem pelo seu aparato e técnica construtiva como construções singulares do conjunto arquitectónico castrejo, de que se conhecem diversos exemplares por todo o Noroeste da Península Ibérica, desde o Norte da Galiza e Astúrias à margem esquerda do rio Douro".
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