LINHA DO MINHO

OBSERVATÓRIO DE IMPRENSA SOBRE O MUNICÍPIO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO (PORTUGAL). ESTE BLOG COLOCARÁ DISPONÍVEIS NOTÍCIAS E OPINIÕES CONSIDERADAS RELEVANTES, QUE ESTEJAM DISPONÍVEIS ONLINE EM ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, EM SITES INSTITUCIONAIS E NA BLOGOSFERA. Envie informações, notícias, comentários ou fotografias para: observatoriovnf@gmail.com

segunda-feira, janeiro 22, 2007

A catequese e os desafios modernos

Os catequistas da Arquidiocese de Braga foram chamados a assumir, viver e a expressar a sua fé, adaptando a metodologia aos novos desafios contemporâneos. Os responsáveis bracarenses apontam a necessidade de um forte investimento nos catequistas da juventude e adolescência.
Hoje, perante os desafios da modernidade, a proclamação da fé cristã deve ser «viva e atraente». Os arautos do anúncio da Boa Nova encontram-se perante um novo século, carregado de novas exigências e desafios, que urge enfrentar «com novos métodos e com novo ardor evangelizador ». A Igreja necessita, permanentemente, de pessoas verdadeiramente devotadas a «um ministério exercido com dedicação e competência ». E que, neste contexto, emprestem um cuidado especial e um redobrado investimento de energias à juventude e adolescência.
Estas foram algumas das mensagens transmitidas, ontem, em Fafe, aos participantes na segunda edição das Jornadas Arquidiocesanas da Catequese. As renovadas directrizes da equipa diocesana foram bem acolhidas. «Saímos daqui mais estimulados, mais fortalecidos e mais capazes de dar testemunho e comunicar a fé».
A afirmação de Maria resume o sentimento das três centenas de participantes naquela sessão das Jornadas, que lotaram, ontem, o estúdio Fénix, congregando os representantes dos arciprestados de Vieira do Minho, Fafe, Cabeceiras e Celorico de Basto.
Os catequistas foram chamados a percorrer «um itinerário de dez anos, bem organizado, bem programado e com catequistas cada vez mais capazes e bem formados», resumiu ao DM o padre Luís Miguel Rodrigues, coordenador do Departamento Arquidiocesano da Catequese. De acordo com o mesmo responsável, «os catequistas devem ser capazes de assumir, viver e expressar a sua fé», sobretudo perante os jovens e a adolescência.
Hoje, parte da juventude vive e cresce em ambiente agnóstico. Paralelamente, cresce o número de adolescentes que vive sem apoio religioso por parte da família. Assim, exige-se aos catequistas desta etapa de “iniciação cristã” que «ofereçam uma catequese realista e motivadora», auxiliando na busca da identidade cristã e em permanente diálogo com a família.
Em todos os contextos, «o nosso trabalho exige qualidade e competência». «O grande desafio da catequese de hoje é transmitir a fé de forma significativa; que não seja um simples apropriar-se de normas ou repetir esquemas, mas seja um acolher a palavra de Deus e vivê-la de forma significativa para dar sentido à sua vida», apontou o coordenador do Departamento Arquidiocesano da Catequese.
Subordinadas ao tema “Catequese, Família e Comunidade”, as jornadas exibem ainda a comunidade como «o ambiente vital onde a fé acontece», devendo ser mobilizada para a participação permanente, numa Igreja onde «todos devem ser sujeito anunciador ».
«A catequese já deixou de ser aqueles encontros de uma hora por semana, passando a ser um itinerário, que inclui um vasto conjunto de actividades e propostas permanentes, na arte exigente de comunicar a fé». O árduo e empenhado trabalho desenvolvido continua a reclamar mais.
«Nunca é suficiente, porque enquanto existir um local que não funciona bem, temos que aperfeiçoar e fazer mais e melhor», apontou o padre Luís Miguel, acrescentando que as presenças e participações naquelas sessões de trabalho «têm sido muito encorajadoras».
Refira-se que as Jornadas Arquidiocesanas se iniciaram, na passada semana, em Braga, prosseguindo, sábado, em Fafe. Na próxima semana, as jornadas decorrem em Famalicão, agrupando os arciprestados de Famalicão, Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Barcelos.
Fonte: Agência Ecclesia, 22-01-2007