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segunda-feira, maio 07, 2007

Crítica rendeu-se a Stuart Robertson

Ao primeiro disco, a crítica rendeu-se a Stuart Robertson. Melancólico e frágil, "The furthest shelter" valeu a este escocês de 32 anos imediatas comparações com Jamie Cullum e a entrada no rol restrito de novos cantautores a seguir com atenção. O segundo registo, "The world figured out", já está disponível e, ouvindo com atenção os 12 temas marcados pela busca do som perfeito, o mínimo que se pode dizer é que Robertson ultrapassou com distinção o síndroma do segundo disco.
"Não senti a mínima pressão. Em parte, porque não tenho por hábito ler o que se escreve a meu respeito. Empenhei-me a fundo para fazer o melhor álbum de que me sentia capaz", afirmou o cantor, também pianista, compositor e produtor. A escolha de Portugal para acolher a festa de lançamento internacional do disco não prima pelo convencionalismo, mas, para Robertson, nascido em Edimburgo há 32 anos, "a simpatia e o calor humano dos portugueses" foram motivos mais do que suficientes para justificar a preferência. Na quinta-feira à noite, na Casa das Artes de Famalicão, Stuart Robertson - acompanhado por Mazgani, outra das apostas da editora Naked - partilha com o público as suas obsessões e os seus desejos, transpostos para canções após um longo processo criativo, nem sempre pacífico. "Desta vez, até foi mais fácil, porque as ideias fluíram com rapidez. Além disso, o computador não avariou de duas em duas horas, como aconteceu no primeiro disco", graceja. Sem se afastar dos seus territórios de eleição, "The world figured out" soa mais luminoso e positivo do que o seu antecessor. Estará o autor de temas introspectivos por natureza mais efusivo?
"A verdade é que sempre fui uma pessoa bem-disposta. Esforço-me para que o meu estado de espírito não interfira com o modo como componho, mas concordo que este álbum apresente um optimismo que talvez não fosse tão evidente no anterior", declara o músico que, apesar de ser apontado como um valor seguro do novo jazz e da folk, garante que tais géneros raramente constam das suas preferências enquanto ouvinte "Ouço sobretudo música acústica 'low-fi' baseada em guitarras". Adepto das novas tecnologias, Stuart Robertson não compreende os motivos pelos quais a indústria musical elegeu a Internet como o inimigo a abater e elege o sítio My Space como exemplo paradigmático das novas ferramentas ao dispor dos músicos. "É um aliado poderoso de todos quantos desejam divulgar o próprio trabalho, pois permite que as suas músicas cheguem a um público vasto que, de outra forma, dificilmente teria acesso a elas".
Fonte: Jornal de Notícias, 07-05-2007